08/09/12

Je blog donc je suis



Hoje, é oficialmente o primeiro dia de "férias". Sim férias... como não fui demitida, demiti-me! são férias, programadas há mais de dois meses. 
Acordei, vesti-me e fui a pastelaria comprar pão fresquinho para o petit déjeuner de sábado, com scrumbled eggs
No entanto, encontrei alguns blogs e percebi que existe muito mais pessoas em Angola a utilizarem o blog como ferramenta de escape ou desabafo sobre os sentimentos. 
Algumas vezes escrevo sobre os meus sentimentos, sobre os meus sonhos, este último, de uma forma um pouco mais reduzida e principalmente sobre as experiências que vivi. 
Escrever sobre sentimentos é um pouco mais difícil para mim, especialmente porque nem eu própria consigo descodificar o que há cá dentro. Mas apercebi-me que as pessoas escrevem muito sobre "AMOR". Infelizmente não acredito no amor com o A maiúsculo, muito menos nos amores de cinema e das músicas pop. Não acredito no amor idiota, que é do tipo destrutivo, vivido por pessoas que pensam ou sentem muito e que todas as suas relações são intensas, sufocantes e inebriantes. Também não acredito no amor inocente, aquele de muitas adolescentes, em que esperam pelo príncipe encantado, e quando encontram alguém que, corresponde fisicamente com o que sonharam, já o amam. 
Sem dúvida alguma que o "Amor inocente" é um conceito poderoso - o mesmo conceito que  nos convence de que, quando menos esperamos vamos conhecer o homem da nossa vida. Mesmo que, pessoas como eu, não acreditem em almas gémeas acham que, um belo dia, encontrarão  alguém que vão amar para sempre. Então o que é o amor eterno? 
Os meus avós casaram-se e morreram sem nunca terem se separado. Acredito que no meio daqueles 55 anos de casados tenham tido fases menos boas na vida conjugal. Será que em algum momento deixaram de se amar? o que é o amor, afinal?! 
Li algures na Vanity Fair, enquanto bebia um copo de sumo na casa do meu amigo R, qualquer coisa como "Não se pode esperar que o amor cresça e se desenvolva sem ser alimentado." e concluo que o tal sentimento AMOR é algo como uma planta que deve ser regada todos os dias. 
Segundo os filmes, o amor é um estado de paixão constante, baseado numa ligação poderosa entre pessoas totalmente compatíveis e numa louca vida sexual.
E voltando a relação dos meus avós, lembrei-me de uma história que o meu avó me contou há uns anos em relação ao início da relação deles. "A tua avó nunca foi uma mulher linda de morrer, mas havia algo na áurea dela que me encantou" foram mais ou menos estas as palavras dele, que me faz concluir que houve de facto uma paixão inicial, um sentimento suficientemente forte que os fez juntarem-se e partilharem toda uma vida. Mas e depois desse "fogo inicial"? houve claramente uma substituição de um outro sentimento qualquer. A questão é, o que é esse tal outro sentimento qualquer? Será suficiente? 
Familiaridade, satisfação e segurança... tudo muito bom! Mas será mais forte do que a paixão intensa e os casos breves? 




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