24/06/13

Cacimbo Season

Gosto do cacimbo. É muitas vezes cinzento, nostálgico e grande parte dos dias humidos. Gosto disso.
Gosto muito mais das noites de cacimbo, têm a particularidade de me deixar mais sensíveis aos carinhos dos outros.
Gosto das noites de cacimbo porque gosto de partilhar contigo todas as sensações deste momento, gosto de conversar contigo mas gosto mais de te ouvir. É bom, é seguro é confortável.
Gosto que me mostres a lua cheia do cacimbo, as noites estreladas que cobrem o céu da cidade e o barulho remoto da noite.
Gosto dos miminhos e da disponibilidade... afinal é cacimbo.
Gosto de saber que para além de estar só muitas vezes ao mesmo tempo me sinto acompanhada, porque me fazes lembrar que o estar só é momentâneo e uma opção. Deve ser horrível estar só por não ter alguma opção.
Gosto do cacimbo porque é nostálgico. A nostalgia faz-nos pensar em tudo que fazemos, todas as escolhas que tivemos, as boas mas mais as más.
Gosto de adormecer com o ventinho húmido que vem lá de fora e gosto quando acaricias o meu cabelo.
Gosto de usar o casaquinho de malha e entrelaçar as pernas de frio. De esfregar as mãos uma na outra e aquele soprozinho de "uiii está briol" e olhar para ti e rir-me à toa.
Só pode ser o cacimbo a trazer-me estas emoções todas. Só pode!

With love, TeaDrinker

09/06/13

Human Brain


"Os primeiros cérebros surgiram na terra há cerca de 500 milhões de anos, passaram uns 430 milhões de anos a evoluírem para os cérebros dos primeiros primatas e mais de 70 milhões de anos para os cérebros dos primeiros proto-humanos. - Bem, qualquer coisa aconteceu aí mas ninguém sabe dizer o que é exactamente" - Daniel Gilbert.
Neste desenvolvimento cerebral humano passou a existir uma pequena massa cinzenta conhecida como Lobo central.  O Lobo Central - é o aumento recente do cérebro humano que nos permite imaginar o futuro. (Fonte internet).
Houve pessoas que viveram sem o Lobo central, como é o caso do famosíssimo Phineas Gage que perdeu uma boa massa cerebral e o lobo central num acidente no trabalho em 1848. Até a data os cientistas achavam que era impossível viver sem o lobo central, mas Phineas Gage foi o caso que mudou a drasticamente a opinião da ciência.
No século XX, nos anos 30, António Egas Moniz procurava uma forma de acalmar os seus pacientes  agitados  e psicóticos e quando ouviu falar de um processo novo chamado Lobotomia Central  que consistia na destruiçao mecânica e química do Lobo Central, passou a praticar aos seus pacientes, valendo-lhe um prémio Nobel de Medicina em 1949.
Enquanto alguns cirurgiões avaliam o método de lobotomia central, os benefícios e os males estudos são feitos e chegaram hoje a uma conclusão: Ninguem morre se não tiver o Lobo Central. A falta de Lobo Central não prejudica o pensamento, o raciocínio nem a personalidade. Mas afecta a capacidade de planear.
As pessoas que nao têm o lobo central fazem as suas vidas normalmente, mas se lhes perguntarmos "o que pretendem fazer no futuro" elas sao incapazes de pensar, de planear um futuro, parecem viver num presente permanente.
Como deve ser bizarro e surreal cumprir uma sentença perpétua na prisão do momento, para sempre encurralado num perpétuo agora, um mundo sem fim, um tempo sem um mais tarde.

O Lobo Central é a ultima parte do cérebro humano a evoluir, a mais lenta a atingir a maturidade e a primeira a deteriorar-se com a velhice - é uma máquina do tempo que permite a cada um de nós abandonar o presente e experimental o futuro antes de ele acontecer.
Nenhum outro ser tem o Lobo central por isso somos o único ser vivo que é capaz de pensar no futuro.

Extractos por aí, por aí
With Love. TeaDrinker!

Human Being

Ninguém gosta de ser criticado, claro, mas se as coisas pelas quais lutamos com êxito não tornam felizes os nossos "eus" futuros, ou se as coisas que não conseguimos evitar o fazem, então parece razoável (embora de certa forma grosseiro) que eles dêem uma olhadela desagradada ao passado e perguntem em que raio é que estávamos nós a pensar. 
Não deveremos nós conhecer os nossos "eus" futuros suficientemente bem para moldar as suas vidas? 
Vivemos numa sociedade e devemos sem dúvida dar a conhecer as pessoas sobre as nossas vidas e os nossos planos futuros. Temos um estado, uma lei constitucional, portanto vivemos num estado de direito. Não somos aqui macacos que não temos que dar satisfação das nossas vidas a ninguém. Sou da opinião que ninguém é sozinho. Mas ninguém é de ninguém.  Precisamos de documentos que nos identifiquem para sermos diferenciados uns dos outros. 
Também sou da opinião que não temos que viver a nossa vida em função dos outros, mas em função daqueles que nos são importantes. 
A vida humana é como que um quebra-cabeças, é como a de um rio que cruza as fronteiras sem precisar de passaporte, porque nenhuma ciência produziu até agora qualquer solução válida para esta charada. 
Gosto de pensar que o que diferencia o ser humano de um animal é o facto de o ser humano pensar no futuro. No diccionário da língua portuguesa existe a palavra Prospecção: acto de olhar para a frente no tempo ou pensar no futuro. Não inventei nada, a palavra existe. 
É engraçado como as pessoas se contradizem nas suas ideologias. Os jeovás preferem morrer ao que aceitarem uma transfusão de sangue, assim como algumas pessoas preferem perder uma pessoa ao darem uma satisfação a sociedade e uma situação que já vivemos. 
Volto a repetir, o Ser humano é o único animal de facto que pensa no futuro. Isto é certo. 
Mas não posso descartar o facto de a natureza dar sinais aos outros animais para se prevenirem. Por exemplo: "Os esquilos, chegando o outuno tapam as nozes e escondem-nas para o inverno, época que existe menos nozes." Não diria que eles pensam no futuro porque acho que de facto não pensam, agem por instinto e porque a natureza lhes dá sinais de que os dias de Inverno estão a chegar com o encurtar dos dias. Então porquê que nós seres humanos, sabemos ler e interpretar um calendário, conhecemos as estações e planeamos um futuro não o fazemos? 

Este post são apenas excertos de alguns pensamentos...

With Love. TeaDrinker!

03/06/13

Fight for nothing



Olho-me ao espelho todos os dias e constato que a minha barriga está a crescer a medida que o tempo vai passando. Hoje antes de sair de casa notei que: Já sou uma pré-mamã. Não tenho dúvidas nenhumas. 
Os momentos não têm sido cor-de-rosas para mim, embora pareça pois dei-me conta que durante tanto tempo de relação, tenho andado a lutar por nada e sozinha. Dar seguimento a uma gravidez é necessário muito estômago, quer do pai, quer da mãe. Estamos mais sensíveis, levamos com uma batatada de sentimentos dentro, quer emoções de gravidez, quer as outras emoções que advêm de uma relação. 
A tempestade se instalou na minha vida, justamente num momento em que devia navegar por marés calmas. Tudo porque de facto a diferença entre um casal pode perfeitamente prejudicar uma relação. 
Ora vejamos, Existem um homem, mega ideológico, super intelectual e incrivelmente anarquista, que outrora me a mulher se apaixonou. Durante 4 anos, embora nada tenha sido um mar de rosas, fomos nos aguentando, mais bem do que mal porque quando nos apaixonamos as qualidades sobrepõem-se aos defeitos. 
E uma mulher super apaixonada, mega caprichosa, mimada um pouco mas bastante decidida do que quer para si que outrora o homem se apaixonou. 
A verdade é que ambos sabiam o que esperar um do outro, mas a esperança que reside em ambos de mudarem ou moldarem-se foi talvez no fundo o alicerce de toda uma relação. 
Bem, Nos primeiros meses da gravidez, a mulher "muda-se" para a casa do homem com o fim de treinarem uma vida a dois, quer a nível de gastos, quer a nível de convivência. É importante ressaltar quer a mulher teve uma gravidez de risco o que se viu totalmente dependente do homem. 
No entanto, a mulher com o seu treino, faz uns gastitos aqui, outros acolá e num dia viu-se sufocada com o facto de o homem, mega anarquista, não querer trabalhar ou contribuir a meias para os gastos. 
Bem, lá se formou uma nuvem de discussão a ponto da mulher, hiper barriguda sair de casa. 
Se bem vivemos no século XXI, homens e mulheres trabalham. Existem os mesmos direitos. Não seria bem assim porque a mulher carrega 9 meses uma cria, dá de amamentar e ainda trabalha para sustentar, então o homem coça as bilhas (desculpem-me a expressão). 
Bem, pode não ser bem assim como as coisas se passam, mas a verdade é que eu acho que na hora da reprodução, foram duas pessoas, na hora das despesas também terão de ser duas pessoas. Ainda para mais que um bebé é uma família, um bebé é planeamento, um bebé é amor. 
...
Falando em amor, há coisas que não se explicam. Hoje senti um valente pontapé da minha menina. Estou tão ansiosa que amanhã vou fazer a ecografia 4D só para poder ver como ela brinca com o cordão umbilical. Caro? É caríssimo, mas como há males que vêm para bem, a minha querida amiga me ofereceu a tal ecografia. 
Amanha prometo postar a fuça da pimpolha e o projecto de quarto que tenho para a minha princesa, claro que será oferta dos avós que já estão mega babados. 
Madrinhas e padrinhos? Já existem! 
Nome? Estava com a ideia de Adanna, Ikenna (ambos  nomes nigerianos que significam, filha amorosa do pai), tem Luena e Lwei que não sei os significados mas gosto do modo como soam. Ikenna gosto, Adanna descartei por completo, vá eu tar a andar a pé de cima para baixo e ainda leva o homem a homenagem? Nem pensar. Hoje vi um que me agradou, Ohanna. Preciso de mais opções, alguém por aí com alguma? 

Deixo-vos com um dizer que li hoje num papel na tal clínica 4D "A felicidade é passageira, aproveite enquanto dure, pense menos pois ela pode ser eterna!." 'Tá aí, gostei!


With love, TeaDrinker!


02/06/13

Sunday Morning Movie

  

                                     




Changeling

01/06/13

Maternal emotions



Confesso que os pimpolhos só têm piada para mim na primeira fase em que dormem, em que não mexem e depois deixam de perder a piada. Não sou muito de carinhos para as crianças, especialmente aquelas com um feitio mais difícil.
E acredito que toda a mãe tenha uma esperança que os seus filhos sejam uns anjinhos e super prefeitos. Mesmo que não sejam, tornam-se aos nossos olhos.
A verdade é que ontem emocionei-me ao ver o meu irmãozinho a dormir, depois das minhas insónias seguidas de contracções.
Fico a imaginar a minha princesa, imagino-a em cada fase e mais, os seus valentes pontapés ontem foram uma materialização de que é mesmo um pequeno ser que está aqui dentro de mim.
A gravidez não é mesmo pêra doce, especialmente quando nos tornamos totalmente dependentes de outrém.
Ficámos mais choramingas, mais sensíveis, ora com mais frio, ora com mais calor, mais irritadiças, mais inseguras e acima de tudo mais carentes.
A carência é um sentimento que persiste desde o início da gravidez. A insegurança vem sempre no mesmo pacote, se se pode assim dizer.
Um misto de sensações que é importante que as pessoas que nos rodeiam percebam dos nossos medos, das nossas inseguranças e do não poder prever um futuro. Só imagino a minha princesa a chorar por alguma dor e ser incapaz de poder me dizer onde é.
De há dois dias para cá tenho sentido um misto de coisas mas também de calma e alegria pois já sinto a pequenota a mexer-se dentro de mim. Não há emoção maior nem palavras para explicar esse sentimento. É uma felicidade sem fim.
E hoje é um dia especial pois é o dia dela, das crianças. Desejo a todas as crianças do mundo o mesmo que desejo para minha.
Ser mãe é algo que sei que vou aprender com o tempo, mas para já, só suportar as dores de costas e a falta de posição para dormim, apesar de já ter adquirido a minha "pregnancy pillow", que, aconselho a toda as grávidas a terem.... é mesmo milagrosa.

Para finalizar gostava de lembrar a todas as mamãs e futuras mamãs que o mais importante do que um amor, é um amor incondicional!

With love, TeaDrinker