26/09/12

Holiday finest

Já sentia saudades de "debate", tanto do termo como do significado. Sentia saudades de ouvir opiniões, concisas ou não, mas que de uma forma ou de outra serem opiniões... e aceites. Sentia falta de me sentar no chão, algures na Luanda fajuta, a ver um filme e no final, alguém acrescentar pontos que de início não vêm à tona, mas que desencadeiam uma série de perguntas e opiniões.
Sentia falta de me sentar algures pela cidade e conversar com pessoas que, de certa forma me identifico. Pessoas que embora não tenha tido tempo para saber se me identifico ou não, mas que têm uma boa percentagem para acrescentar a minha pessoa.
Depois de algum tempo rodeada de um mundinho tão wanna be, regressar àquele que chamo, o Meu mundinho.
Não o cup of tea... não! Nem o meu quarto. Mas o mundinho de um certo grupo que, embora não esteja com eles sempre, me agrada sempre estar.
O meu feriado foi um misto de quebrar a rotina. Desde a noite passada da insónia... até os últimos minutos do dia (a escrita deste post com o álbum Le fil  da Camille à mistura e o momento de ir para cama, deitar-me e ver um documentário), foi tudo um quebrar de rotina.
Posso resumir que foi um feriado bem passado, com pessoas que no fundo, percebi que deveria ter e manter um melhor contacto com elas.
Estou um pouco inspirada. Não para escrever este post, mas para fazer algumas coisas.... ideias fluem.
By the way. o documentário é o mítico "the september issue".
Uma boa noite a todos.

With love. TeaDrinker!

Holyday finest

Já sentia saudades de "debate", tanto do termo como do significado. Sentia saudades de ouvir opiniões, concisas ou não, mas que de uma forma ou de outra serem opiniões... e aceites. Sentia falta de me sentar no chão, algures na Luanda fajuta, a ver um filme e no final, alguém acrescentar pontos que de início não vêm à tona, mas que desencadeiam uma série de perguntas e opiniões.
Sentia falta de me sentar algures pela cidade e conversar com pessoas que, de certa forma me identifico. Pessoas que embora não tenha tido tempo para saber se me identifico ou não, mas que têm uma boa percentagem para acrescentar a minha pessoa.
Depois de algum tempo rodeada de um mundinho tão wanna be, regressar àquele que chamo, o Meu mundinho.
Não o cup of tea... não! Nem o meu quarto. Mas o mundinho de um certo grupo que, embora não esteja com eles sempre, me agrada sempre estar.
O meu feriado foi um misto de quebrar a rotina. Desde a noite passada da insónia... até os últimos minutos do dia (a escrita deste post com o álbum Le fil  da Camille à mistura e o momento de ir para cama, deitar-me e ver um documentário), foi tudo um quebrar de rotina.
Posso resumir que foi um feriado bem passado, com pessoas que no fundo, percebi que deveria ter e manter um melhor contacto com elas.
Estou um pouco inspirada. Não para escrever este post, mas para fazer algumas coisas.... ideias fluem.
By the way. o documentário é o mítico "the september issue".
Uma boa noite a todos.

With love. TeaDrinker!

We Wood... Why Not?




Gostava de ser mais Eco-friendly, uma Greenpeace. A verdade é que sou mais do tipo cosmopolita/materialista, que dá importância a coisas "diferentes" de uma forma natural, sem me preocupar com o que os outros pensam.
Se eu comprasse esses relógios, certamente não seria pela política da empresa de reciclar a madeira ou outros tipos de materiais. Seria por ser bonito e incomum. Pronto! Disse a verdade.
Não que não me interesse pelo meio ambiente, afinal, não como carne (essa é outra parte da história) mas não seria o aspecto fundamental para a aquisição do relógio.
Quem me conhece, está careca de saber que sou uma consumidora nata, sempre em busca de algo que me satisfaça e que preencha o meu "eu" exterior, para me encher a alma, de sabe-se lá o quê.
Também tenho a certeza que se voltasse a minha Vie en Rose, teria múltiplos modelos We Wood.
O meu amigo Panda, há uns dias escreveu-me sobre a hipótese de os comercializar em Angola, uma vez que ele é o representante da marca em Portugal. Sinceramente não sei se seria um bom negócio, dado que as pessoas aqui ainda estão coladas às typical Gucci/vuitton Brands...  pode haver uma minoria que queira apostar neles e infelizmente a minoria que poderia pagar por eles, não por múltiplos, mas por alguns. Gostava de, Teadrinkers, saber a vossa opinião para que consiga dar um feedback  ao meu amigo. Ele tencionava expor em feiras como a FIlda ou algo do género.
Estou deeply in love pelos We Wood.
O que vocês acham?

With love. TeaDrinker!

25/09/12

About Insomnia

Não consigo dormir. Busco pelo sono e nada. A cama está fria e uma confusão enorme de sentimentos. 
Não sei o que me preocupa, não sei o que me entristece. Pouco sei do que me frustra e do que sei, infelizmente não está nas minhas mãos... Não me compete a mim! 
Há uma permanente sensação de vazio, uma permanente insatisfação e uma oscilatória felicidade... vem e vai! 
Hoje não foi um dia propriamente exaustivo, mas sei que quando penso demais, influencia a minha forma de estar... de ser! 
Busco-me pelos suspiros e pelas insatisfações. Procuro um refúgio e um abraço. Vazio! Niente!
Procuro compreensão, mas também não dou abébias a quem se oferece para me compreender. É como esticar o braço pedindo ajuda, mas não correr para alcançá-lo. 
Sou como ondas nos medidores cardíacos. 
Não consigo dormir. É como se tudo em mim estivesse num chocalho, pronto a ser estremecido. 
Oiço o barulho da madrugada em busca da solução para a minha insónia. Ela está silenciosa, nada me diz, se não a esperança do amanhecer como se o "amanhã será um novo dia" fosse resultar. 

Acabei de ver Water for Elephants, a cliché história de amor, protagonizada por Robert Pattinson e a Reese Witherspoon, na esperança que os amores clichés me adormecessem com as suas trilhas sonoras repletas de baladas. Zero! 
Oiço o barulho silencioso da madrugada, misturando-se com geradores da cidade e os aparelhos que não se desligam pela casa. Oiço o meu teclar, ora calmo, ora aflito. A pedirem "Vem sono, vem" 
Não quero ver a aurora, entristece-me. Antes o por-do-sol que a aurora. É como se permanecesse aquela sensação de dia perdido porque científicamente 24 horas sem dormir, é possível, mas o corpo começa a ressentir. 

Chá, café ou quarto? Melhor é procurar o sono algures pelo quarto. 

With Love. TeaDrinker 

My Weekend moodboard


Eu sei que o meu moodboard do fim-de-semana deveria estar mais cheio, porque se trata de um fim-de-semana. Muito pelo contrário, não fiz muito no meu fim-de-semana, até porque para mim, todos os dias são fins-de-semana.
Este fim-de-semana, inspiração ZERO! Poderia aproveitar que estive em casa para escrever, fazer muitos post relacionados com tudo um pouco, mas a verdade é que não estive inspirada, não pensei em posts muito menos em crónicas. Não pensei em nada e a preguiça foi a palavra que prencheu a minha lista de afazeres para este fim-de-semana. 
Sábado ainda foi mais agitado que o normal, com um trabalho aqui, outro acolá e um bom concerto da Maria Gadú no cine Atlântico. Dois cocktails à mistura após o concerto e xixi cama. Havia uma noite de Hip Hop no Elinga, que costuma ser sempre muito boa, mas ao que parece fiz bem não ter ido... ia encontrar-me com pessoas que não queria de todo ver. 
O domingo foi sossegado, repleto de preguiça, conversa jogada fora e uma valente pintura nas unhas. 
Algum chá, muitos chocolates, algumas revistas um Haagen Dazz e lá se foi o fim-de-semana. 
Não podia deixar de ressaltar um filme antigo, mas que me escapou, Freedom Writers. É de 2007 e conseguiu arrancar-me algumas lágrimas. Trata-se de uma história verídica, inspiradora e um óptimo ensinamento de vida. Por causa de algumas passagens do filme, revelou-se a minha quase burrice em relação aos judeus, ao Holocausto, a crise de 1929 e os propósitos nazistas. 
Tic, Tac, Tic, Tac... as horas passavam e eu empolgada na leitura sobre o Holocausto no Wikipédia. A cada linha lida, um separador no meu Google Chrome se abria para palavras como "Anti-semita", "Auchwitz", "Mein Kampf", "Adolf Hitler" , "Judeus", "Negacionismo" e um documentário sobre a crise de 1929 disponível no Youtube. 
Tudo que sabia sobre os anos 20 era Coco Chanel, Flappers, Hemingway, Picasso e Gertrude Stein. 
Foram algumas poucas horas de leitura sobre a primeira guerra mundial e o que levou a segunda guerra mundial. Sei que viajei no tempo sem se quer sair do sofá. Foi óptimo. Gosto especialmente das minhas fases de pesquisa eufórica sobre determinado assunto. 

With love. TeaDrinker! 

nail of weekend



Este fim-de-semana foi para esquecer, por este lado aqui da blogosfera.
Aqui vai um cheirinho do que fiz :)

With love. TeaDrinker

21/09/12

Playing Games

Imagine um videogame. Não o video clip da Lana del rey, nem a música... um verdadeiro Videogame!
Antes de começar, temos que escolher em que nível queremos jogar - Easy Medium Difficult. Essas são as fases do jogo que escolhemos atravessar.
Imagine que esse videogame é a vida! Eu, mesmo que não conheço o jogo, gosto de escolher a fase média. Não gosto nem de coisas fáceis, nem de coisas muito difíceis.
O fácil, faz-me rapidamente perder o interesse e o difícil... simplesmente cansa-me! Na vida, nem sempre somos nós quem escolhemos em que nível queremos jogar.
Há quem nem se quer tenha a possibilidade de escolher em que nível jogar ou e que jogo apostar. Nem toda a gente tem o privilégio de ter sequer um jogo.
A vida é feita de escolhas. Postas na linguagem VideoGame, tenho que escolher em que nível jogar. Estou numa balança equilibrada neste momento, mas que muito facilmente tende ou a subir ou a descer, dependendo da escolha.
Porquê que não há escolhas fáceis? Dormi ontem com esse pensamento, após um tratamento de uma hora e meia, em plena madrugada que me deixou quase sem sono.
Entre "pinçadas" na sobrancelha em frente a uma "Lupa-espelho" pus-me a pensar, "Será que estou a apostar alto demais"?
Uma pessoa há uns tempos escreveu-me algo que agora me passou pela cabeça "Porque será que encriptas tanto os teus post/pensamentos?" Lembrei-me agora porque, após ler e reler vejo que nada está claro, a resposta é que não encripto propositadamente, os meus pensamentos andam assim, meio obscuros, além de não assumir quem sou e saber que muitas pessoas que lêm sabem quem sou.
Há em mim uma Quadripolaridade: eu sou, eu quero, eu sonho e eu faço!
O que sou, nem sempre escrevo. O que quero, nem sempre o demonstro. Os meus sonhos? Nem sempre os conto e o que faço, não postar sempre.
Não sei em que nível avaliar a minha personalidade. Sou verdadeira, tenho muitos medos, alguns receios, alguma coragem e muito pouca vergonha na cara.

Call... or don't call? That's the Question!

Enquanto estava sentada num bar, por duas horas, a ler, enquanto apanhava a brisa de ontem de Luanda, umas meninas sentaram-se bem perto da minha mesa, a falarem de namoros. Elas, a rondarem os seus 16 anos, vestidas com farda de um colégio e com aquele arzinho de que estavam a baldar-se às aulas, seguida do acne da idade e próprio da tonalidade de pele, uma delas, a que aparentava ser a abelha mestra do grupo, pede-me o isqueiro para acenderem um cigarro. Muito repentinamente lembrei-me de como comecei a fumar, numa brincadeira com a A e com a A no WC da escola.
Pousei levemente os meus óculos e o que lia, um livro da Louise Kean - Material Girl, passou para segundo plano, sendo o primeiro plano a conversa adolescente.
A abelha mestra tinha um tom a roçar para o irritante com aquele sotaque angolano típico, recheado de de calões que eu comecei a desentender. "És burra, ligaste hoje para o Mário? Mas ele acabou contigo  ontem..." Pensei para mim que ela devia ser a mais astuta do grupo para aconselhar a amiga a não ligar. Reparei também que os problemas nas relações são idênticos, o que muda é a faixa etária. E mesmo assim, há quem, que com 40 anos aja como uma adolescente.
No entanto, não demorei muito para perceber que duas das meninas que estavam naquele grupo já tinham andando com o mesmo menino que preferi apelidá-lo de Elvis Presley e, ao que parece, são todas amigas.
Uma lâmpada acendeu-se na minha cabeça e começo logo a rabiscar umas palavrinhas no meu moleskine, chegando a conclusão que: Luanda é uma ervilha, todo o mundo se conhece, todo o mundo anda com todo o mundo.

A M levou o amigo B a casa de um outro amigo, para conversarem, e ele disse-lhe que não iria demorar, mas que enquanto falavam de negócios, ela ficaria num sítio ali perto a fazer qualquer coisa. A M sem hesitar e demonstrando querer muito a companhia do amigo B, aceita a proposta, mas nunca pensando que o amigo fosse deixa-la pendurada por 3 horas, até escurecer, sem dó nem piedade, enquanto trocávam mensagens e ele lhe dizendo "Só mais uns minutos que já termino a conversa". Depois dessa mensagem e já passados 30 ou 40 minutos, sem querer saber dela ou sequer retornado as milequinhentas chamadas que ela deixou no seu telemóvel ele responde: "Afinal vou demorar mais tempo, não te preocupes que apanharei um táxi".
A M ligou-me a chorar porque, aparentemente o seu carro foi arrombado, roubaram-lhe o Tablet  iPad, um saco que tinha com algumas coisas sem muito valor monetário, mas sentimental. Eu, pus-me no lugar dela. Será que ela deveria ligar para ele?

São só rascunhos d'ontem!
With Love. TeaDrinker!

19/09/12

Shoes... They're mine!


Diz-se que para cada pé, haverá sempre um sapato! No meu caso, sempre houveram, não um... mas vários.
Calço 36/37, dependendo, se o sapato for aberto ou fechado, ou que significa que tenho alguma flexibilidade no que toca a números. Para os ténis, especialmente se forem Adidas, o 36 2/3 é o número certo para o meu pé, já que o direito é maior que o esquerdo.
Tenho 4 prateleiras no quarto só de sapatos, que os separo pelos flats, ou simplesmente sabrinas, os chinelos, Os compensados e os high heels. Felizmente os ténis e os Oxford tiveram um destino diferente das prateleiras - ficam num armário fechado.
Devo ter ao todo perto de 150 pares de sapatos o que equivalem para mim, vários amores momentâneos, 5 instantâneos e algumas desilusões.
É impressionante pensar em sapatos, em como os compro, como morro de amor por eles antes de os ter, alguns depois de os ter e saber que o mercado está inundado de imensas produções de sapatos de um pé só.
Calço o normal e de certeza que o mesmo que a maioria das mulheres no mundo, o que equivale a ser normal. Ser normal é o mesmo que ter paixões por sapatos ( e não só ), planear ter um closet só para mim e não importa se são Louboutin, Jimmy Choo, Manolo Blahnik , fixe mesmo era se fossem só Melissas, Kling, 
Sou tão normal, quanto ter passado por uma determinada loja, cuja atracção principal era um sapato, ter resistido, mas quando cheguei a casa, deitei-me e só fiquei a pensar naquele sapato... e no dia seguinte ter ido a correr comprá-lo.
Também sou perfeitamente normal porque já tive aquelas desilusões... comprei-o e depois arrependi-me  totalmente.
Há ainda aquele tipo de sapatos que nos atraiçoam. Na loja, experimentamos e ficam a matar-nos. Passado algum tempo ou apertam, ou alargam... conforme o material que é feito! 

Assim citou Carl Gustav Jung, sendo bem verdade que não há nada na vida que funcione em todos os casos. Assim como a relação entre os homens.
Em todo o caso, não vale a pena apertarmos os nossos pés a sapatos que não se ajustam, nem que seja numa só noite porque, para além do desconforto dessa noite, irá custar-lhe uma pequena má disposição no dia seguinte, além de lesões como bolhas que são a porta para outras infecções.
"Enquanto não aparecer o príncipe encantado, beijarei muitos sapos" - infelizmente este ditado não se aplica aos sapatos. Porque é uma perda de tempo apertarmos os nossos pés em sapatos que não nos sirvam. Mais vale comprarmos vários sapatos, até encontrarmos o nosso sapatinho de cristal.

É engraçado como podemos analisar a relação que temos com o nosso pé, como o tratamos, os sapatos que calçamos e as relações humanas.

With love. TeaDrinker






18/09/12

Tea's Movie Playlist


Fim-de-semana prolongado, seria sinónimo de muitos filmes, muita atracção na televisão e muito tempo por caso. Mas este, foi ao contrário. Tempo quase nenhum em casa, alguma leitura digital e poucos filmes vistos.
Está na hora de fazer uma Movie's list dos filmes vistos recentemente :)


"A minha semana com Marilyn", é aquele filme que eu queria, porque queria, a todo o custo ver. E não me pus a ver assim que a drive mágica chegou do hemisfério norte. Gosto de poupar algumas coisas na esperança de haverem melhores momentos. Também fiquei super ansiosa porque houve todo um marketing em torno da viúva de Heath Ledger, que iria protagonizar a Bombshell Marylin. Gostei do photoshoot da vogue do ano passado, mas sinceramente, o filme, para mim, ficou aquém das minhas expectativas. Michelle Williams não é uma mulher sexy. A palavra sexy é aquela que não se adequa nem a pessoa de Michelle, muito menos a quem ela queira interpretar... especialmente quando vai interpretar, simplesmente a mulher mais sexy de todos os tempos. A história gira em torno da semana que Marilyn foi filmar a Grã-bretanha e de como um amor platónico pode muito bem tornar-se realidade. Tudo bem que foi a oportunidade que o cinema teve de retratar a personalidade que Marilyn escondia de baixo das suas imensas personagens. Uma experiência sobre, talento, sensualidade, actuação e sensibilidade.
Pontuação? de 1 a 10 - 4,5*



Adoro histórias de amor. Adoro especialmente quando elas vêm carregadas de um teor histórico-cultura. Gosto da tragédia e da forma como alguns directores expõem o clímax da história de uma forma descentralizada. Esta película vem carregada de uma banda sonora irremediavelmente boa, todo um rol de Jazz, os boleros, cuba antiga, os amores incertos e proibidos, a distância, o comunismo, a emigração dos cubanos para Nova York e... o amor! É uma animação plena e bela, que nos transporta para um passado não tão longínquo, para uma história repleta de desencontros e dissabores, mas com o já frequente, mas não tão cliché final feliz! 
Pontuação? de 1 a 10 - 8,5*

Um final à la Hollywood é o que ocorre de facto neste filme de Woddy Allen. É um filme antigo e contando que já vi vários filmes deles, este, não foge a regra. Ainda na época em que ele amava a doce New York, ele interpreta o usual génio, o incompreendido, o hipocondríaco apaixonado por uma grande mulher, mas que tem sempre uma burrinha ao seu lado. Bem idêntico ao filme que ele lançou em 2010, o Whatever Works
A trilha sonora, como sempre, o habitual Jazz dos anos 30 bem ao estilo de Moon River do Henry Mancini e um pouco de Frank Sinatra... resumindo, super WoddyAllenesco. :) 
Pontuação? de 1 a 10 - 6*

Só depois de ter visto o filme que a Sienna Miller interpretou a It Girl da "Factory" de Andy Warhol, a Edie Sedgwick é que soube que ela existiu. Depois de ter visto o "Factory Girl" é que fiquei super interessada na história daquela que virou a minha musa, em alguma altura da minha vida. Ciao!Manhattan é afinal um filme de culto, cujo protagonista é a Andywarholiana Edie Sedgwick. Fiquei admirada com algumas partes do filme onde mostram a nudez clara de Edie, para um filme de 1972. Sei que se tornou um filme de culto porque estreou após a morte a it girl dos anos 60. 
É bem verdade que para um filme dos anos 70 está muito à frente no que toca as cenas de nudez, longe de serem pornográficas, muito pelo contrário, inocentes, dado ao corpo esguio de Edie. Também verdade seja dita, os filmes do Hitchcock que são mais antigos que este, são bem mais ricos em argumento. Viajei um pouco no tempo porque sei que no fundo queria viver nos doces anos 60, a década de Kerouac, dos beatle, do sonho americano, do peace and love, do hipismo.... do charme, da moda e do feminismo. Mas posso dizer que para mim foi um filme decadente.
Pontuação? de 1 a 10 - 3*

With love. TeaDrinker!

17/09/12

Friends and Frenemies


Quando vou para uma noitada, como foi o caso de ontem, gosto de me divertir, de conversar com mil e quinhentas pessoas... outras vezes gosto só de apreciar. Ontem foi um pouco dos dois. Quando chego a casa, gosto arrumar cada pessoa com quem troquei impressões em gavetinhas. A hora de dormir, gosto de reflectir sobre os estereótipos , ou sobre as verdades que criadas pelo senso comum, que de certa forma revelam algum do pensamento da sociedade actual.
Comecei a noite com um panaché e entre um cigarro e outro, muito rapidamente passei para a caipi black. O fino do panaché não estava a estalar e o ambiente ontem estava quente.
Fui para a ala dos fumadores, encosto-me na janela do caixa e falo com uma menina, de 20 anos aproximadamente do nada. Num ambiente super informal, onde a música quase que contagiava, tipo o videoclip do fatboy slim, push the tempo, entrámos, eu e a menina chamada L, numa conversa que sei que foi meio profunda e pouco propícia ao ambiente em questão.
Como é óbvio, aquelas palavras ecoaram e eis que me ponho a escrever sobre as amizades, as relações humanas e o comportamento das pessoas.

Há um leque quase que infinito de pessoas que conheço, que não partilho a minha vida pessoal, mas que conhecem um pouco do meu gosto musical, do facto de não comer carne e terem uma vaga ideia de onde vivo. Não aprofundo uma relação com essas pessoas por inúmeras razões, embora qualquer uma delas sejam seres singulares:
*não me interessa. * não temos amigos em comum. * não temos certamente os mesmos interesses. * não são confiávies. * circunstâncias da vida. Quando as encontro, sentámo-nos tomámos um copo, mas longe de mim telefonar, assim como elas a mim.

Estas faço questão de mantê-las. As amizades de longa data são aquelas em que as tuas amigas tornam-se quase bruxas, por adivinharem o que pensas e sabem muito bem quando estás ou não bem. Elas, devem ser poucas, mas boas!

Sei que tenho um certo medo em deixar que as pessoas penetrem no meu mundo. Sou super complicada, porém sociável e muito comunicativa. É mais fácil encontrarmos mulheres que afirmem que dão-se melhor com homens do que com mulheres, assim como é comum homens que afirmem que as mulheres são complicadas quando se trata de outras mulheres.
Gostava de poder compreender como as mulheres criam mais facilmente laços de amizade com os homens do que com as mulheres. Nesse caso, falo por mim própria. O L, tem uma teoria: "Eles fazem-se de meus amigos para ocultarem interesses opostos a amizade". Não posso concluir ou generalizar assim as coisas. No entanto, é um facto que me relaciono facilmente com homens do que com mulheres, só que, infelizmente o motivo pelo qual acontece não só comigo, mas com a maioria das mulheres desafia a minha capacidade de compreensão. 
Será que é porque as mulheres são mesquinhas entre elas? 
Existem algumas anedotas sobre a relação dos homens entre eles mesmos e das mulheres entre elas. Será que estas anedotas e piadinhas vêm pôr peso a criação de tal estereótipo? Onde há fumaça, há fogo! Eu própria desiludi-me com uma amiga de longa data. Ela foi uma perfeita B*** , porque razão, ainda hei-de descobrir. 
No entanto, é importante que existam as verdadeiras amizades e as pessoas que nos apunhalam pelas costas. Sem estas pessoas, talvez não saberíamos dar valor a uma verdadeira amizade. É importante também mantermos laços com as pessoas do mesmo sexo que nós, mesmo que nos custe. Nós mulheres somos mais delicadas em determinadas circunstâncias e, muito diferente dos homens, temos uma capacidade de análise e crítica mais aprofundada do que eles (e isto é científico). 
É crucial sabermos diferenciar os ditos, *conhecidos, *amigos do copo, *amigos de longa data e *verdadeiros amigos. 
Toda a gente tem um amigo, por pior que seja a pessoa, ou menos confiável, até o diabo tem amigos. Manter uma amizade é muito mais difícil que manter uma relação e muitas vezes mais importante que as relações.
Quanto ao tal estereótipo, eu sou a primeira a po-lo em prática. Já me decepcionei tanto com as mulheres que prefiro manter as poucas relações com mulheres que tenho e aceitar as novas amizades masculinas. 

With Love. TeaDrinker!

16/09/12

Tea's Booklist of weekend


Que não ando uma leitora assídua dos livros, é verdade. Já li alguns, mas não o suficiente para dizer que são muitos. Gosto muito de revistas e das edições da Taschen. Sou uma fã de biografias, quer sejam autorizadas ou autobiografias. A verdade é que ultimamente tenho tido os livros, como dizia Rosseau "Ensinam apenas a falar daquilo que não se sabe".
A última leitura que fiz, de um livro, foi há quase 6 meses. Entretanto, tenho feito passagens por livros aqui, outros acolá, outros ainda, vou ler a sinopse na internet. Estou mais pra leitura de colunas, crónicas de revistas cor-de-rosa e na pesquisa sobre este ou aquele assunto no que chamo do livro mais famoso do mundo, o Wikipédia... a enciclopédia de todos. Por acaso, ontem na casa da R, peguei num livro sobre os desaparecimentos do mundo, uma selecção de acontecimentos misteriosos do mundo, da famosa "Selecção Reader's Digest". Como é obvio, aprendi um pouco mais sobre a menina que se dizia ser a a única sobrevivente dos últimos Czar, a Anastácia.
Sem dúvida que os livros transportam-nos para uma dimensão completamente diferente da que estamos. Falo por mim. Gosto de livros de histórias, mas já vi que as verídicas são o meu forte. Já fui outrora fã da Isabel Allende, mas a ficção começou a deixar-me com náuseas. Os do Sidney Sheldon, eram aqueles que me impediam de dormir à noite, os do Dan Brown, nem vale a pena falar. Lembro-me que eram os meus escritores favoritos.
Depois de "A Lua de Joana" oferecido pelo meu tio R, e o "Cemitério dos pianos" comecei a gostar um pouco mais da "veracidade" do mundo actual. Lembro-me de ter começado a ler, no café da Bulhosa, na altura que eu chamo La vie en Rose (Altura em que vivia em Portugal)* a biografia de Kerouac, por Yves Buin. Comecei a ficar encantada. Não tinha dinheiro para comprar todos os livros que queria, tinha que optar pelas edições Taschen ou as biografias e não é difícil saber qual a minha opção, certo?

Rating 4 estrelas porquê? Porque 5 estrelas só mesmo a série

Vale mesmo a pena explicar porquê que tinha que ler este livro? Precisava de me refugiar da trágica cidade de Luanda e esta foi uma aquisição pós La vie en Rose, ou seja, aqui mesmo deste lado do hemisfério.
O verão e a cidade é muito mais do que Carrie, é Nova York. É a paixão pela aquela cidade que, aparentemente não é só do Woody Allen, mas da Candance também. Neste livro, Candance retrata aquela Carrie que eu não conhecia: a Carrie e o seu lado provinciano. Desta vez, este livro é um flashback da série, dos diários de Carrie e dos dois filmes. Revela a Carrie no período da adolescencia.


O livro da ignorância geral foi um livro recomendado pela minha amiga Jacy, quando, numa das suas passagens rápidas a Lisabonne, estávamos sentadas no Cup&cino à noite e pusemo-nos a falar de coisas engraçadas. Ela disse-me que eu iria amar este livro porque é tudo aquilo que achávamos que sabiamos... que no fundo, a ignorância é geral. São uma série de verdades com provas científicas, daquilo que estávamos acostumadas a ouvir. Não é um livro para se ler de uma vez só. É como um enciclopédia... vai se lendo. Eu não acabei de o ler, e emprestei ao Lua. Recomendo e já sei que afinal existe no mercado a sequela do livro.




Outra aquisição pós Vie en Rose, mesmo aqui da RMS, que me custou, 50 dólares (só em Angola para haver um livro desta natureza, a esse valor). Ofereci-me depois de ter recebido um envelope, não muito recheado no natal passado. Valeu-me este livro e dois jantares, mais uns créditozitos no telemóvel. A Odisséia de Homer, primeiro chamou-me a atenção pelo gato preto na capa que me parecia o MEU CHANEL, segundo pelo cor-de-rosa. Naquela altura, de muitos mussulos à mistura, precisava de uma leitura calma, rosa, serena e fácil. Nem mais! Foi mesmo este livro, uma história de um gatinho cego que desenvolve capacidades motoras bem diferentes dos outros gatos e uma dona que no princípio não o queria, mas logo percebeu que seria a última salvação do gatito. O nome do protagonista? Homer. Então toda a história gira em torno do mundo que criaram para Homer, assim como da análise do seu próprio mundo. O reconhecer de sons e cheiros à luta pela sobrevivência. É um ensinamento de vida, numa escrita tão transparente, que Gwen Cooper brinda os seus leitores. Sem contar que foi um Best-Seller do New Yorker .


With Love. TeaDrinker!

Fashion and food



Passear pelos Champs Elysée, fazer comprinhas! deixar-se estar pelos cafés de Paris, não há nada melhor, certo?
Lembro-me da primeiríssima vez que visitei a cidade da luz e não ter gostado muito, por me parecer muito confusa. Naquela altura não percebia nada de beleza... era aquele bairro, o Montmartre, que me deixou com aquela impressão, quando o meu primo me indicou. Não foi nada de especial.
Mas as duas últimas vezes que lá estive, foi como se fosse uma bomba de ar... Já sabia minimamente as coisas boas que aquela cidade poderia proporcionar. Muito mais do que comprinhas, muito mais do que a torre Eiffel,mas as delícias, que até hoje me fazem babar - se não são os doces Fauchon, La Maison du Chocolat, Pierre Hermé são então os Laduree.
Esta última, que delicia milhares de pessoas há mais de um século, mantendo o seu segredo e o seu lobby na Rue Royale, Ladurée tem a particularidade de inovar... se não são nos seus recheios nos macarons, ou no seu site super vintage, é nas caixas amorosas. E dessa vez, brinda os seus fãs com caixas desenhadas por aquele que é o estilista da cidade da luz - Lanvin :)
Mais? Acredito que não! Embora a moda de uma forma ou de outra sejam as piores inimigas, fazem parcerias que nos fazem perder a cabeça e só ganhar uns quilinhos há mais.
Sinto-me grata por neste momento estar do lado de cá do hemisfério.

With Love. Teadrinker

15/09/12

Is it Good?


Muitas vezes, queremos revelar aquele lado B*** que temos a determinadas pessoas. No meu caso? À minha ex chefe. Mas o melhor é mostrarmo-nos calmas e serenas diante de situações constrangedoras.  Não digo que ela seja um monstro, porque não o é... eu até no fundo gosto dela, só que nos últimos tempos, a presença dela teve efeitos negativos na minha personalidade. E não sou eu que digo isso, estou simplesmente a repetir afirmações que muita gente que me conheceu no modo ante e pós a presença dela na minha vida.
Não sou perita para falar de relacionamentos com chefes, até porque esta, foi a minha primeira experiência, mas gosto de ler sobre relacionamentos humanos e sobretudo abordar nas minhas conversas. E quando se trata do primeiro emprego vs relação hierárquica, é sempre um pouco diferente.
É preciso seguir as suas regras, a sua metodologia de trabalho que muitas vezes não é a melhor, cumprir deadlines estúpidos e pior de tudo é concordar com ele quando se sabe que as coisas estão erradas.
Porquê desse post? porque recebi um comentário de uma teadrinker sobre demissão e mais dois que continuam no anonimato sobre a relação chefe/empregado e os tipos de chefe que encontramos.


Os chefes incompetentes marcam reuniões e, em cima da hora desmarcam, ou mesmo por serem chefes, não comunicam que a reunião foi cancelada (já me aconteceu)*. Não assume as suas falhas e quando se chama a atenção para uma possível falha, não dá ouvidos.

Há muita gente que não precisa ser chefe para ser arrogante, isso parte da natureza de cada ser. Aparentemente há outras, que assim que assumem o poder, tornam-se arrogantes, ou porque o poder exige que assim seja, ou o poder subiu-lhe a cabeça. Este tipo de chefe, começa a falar com certa agressividade com os seus funcionários. Para lidar com pessoas assim, é preciso ter mais maturidade que eles, são não tiver, esqueça. É importante que reforce o seu lado profissional: esclarecendo quais são as suas funções e peça para ser objectivo nas suas críticas. (também já me aconteceu, motivo pelo qual me demiti)*

É como um pau com dois espetos, pode ser que eles queiram dedicação, mas há aqueles que querem exclusividade. Querem que esteja disponível a todo o tempo. Parece que pretendem que abdiques da tua vida social em prol da profissional... Ponha em antemão os pontos nos "i" e os traços nos "t" antes que seja tarde demais. (curiosamente, também já passei por situação semelhante)*

Visto que já passei por qualquer uma das situações, posso dar conselhos, que não tive acesso e que se pudesse voltar atrás com alguma das minhas atitudes, das duas uma: ou seria demitida, ou conseguiria um pouco mais de respeito.
Enfrente a situação com equilíbrio e cabeça fria

1* Exponha as suas metas pessoais (caso queira ficar na empresa). Se o teu chefe percebe que quer crescer mais, tende a respeitá-lo. 
2* Manrenha a calma. Mesmo que seja bastante agressivo, arrogante e temperamental, não percas a razão até porque, aplicando o velho ditado, ele tem a faca e o queijo na mão. 
3* Respeite-o ( mesmo que ele não mereça), não faça da crítica do teu chefe o teu passatempo favorito





App of the Week



Sou uma apple addicted. Há cinco anos que tenho iphone e permiti-me passar por quase todas as gerações do "i"nteligence e "i"technology. Sou uma viciada nata em downloads, sejam eles de que espécie forem, assim como adoro descobrir sobre novas aplicações, especialmente sobre imagem.
Já fui mais fã do instagram e acho que, desde que deixou de ser só para a plataforma macintosh, que para mim, se igualou a facebooks. Para mim, o instagram era algo mais do que uma mera aplicação, algo mais que partilhar fotografias, mas sim, estimular a imaginação.
Snapeee é mais um instagram, mas para japonesas... mas não tarda e será a aplicação do ano.
Tem vários filtros, ilustrações que se pode adicionar a fotografia e, caso esteja fart

09/09/12

nail art of the sunday




My lazy weekend



"Excelência, então, não é então um modo de agir, mas um hábito" citou Aristóteles, não sei em que momento da sua sábia e conturbada vida.
Chegou o domingo, o fim de um final de semana e chega a uma determinada hora que, em tempos normais, estaria a getting butterflies. Não é um bom sentimento, quando se gosta realmente do que se faz. Lembro-me que no início, ficava feliz para mais um dia laboral. Nos últimos três meses, as coisas tinham mudado de figura. No entanto, sei que hoje, há sensivelmente duas horas senti as borbuletas na minha barriga. Senti. E depois disse para mim "deixa de ser parva que amanhã, se tiveres uma reunião será com muita sorte." É verdade o que me faz concluir que hoje, será como amanhã, a excepção dos meus pais estarem em casa...
pergunto-me o que farei daqui em diante? tenho alguns planos, mas nada definido, infelizmente é horrível depender de algumas pessoas para obter algumas respostas, no que toca essencialmente a trabalho, mas já alguém me disse que a paciência é uma das maiores virtudes, ou o popular "quem espera sempre alcança."
Voltando ao lazy weekend, sábado foi aquele dia em que o pijama não sai do corpo. Acordar, comer, dormir, esticar-me no sofá, andar pela blogosfera, ver filmes... ver filmes. 
Ontem escolhi dois filmes para ver, sendo que o último, esse... viu-me! 
O primeiro, Intocáveis, uma comédia francesa baseada numa história verídica... e o segundo, o Cassandra's Dream do Woody. E dormi. 
Hoje domingo, acordar não foi tão complicado assim... fui às compras básicas de domingo e pus-me a cozinhar um risotto al funghi e, meditar... er, digo, pintar as unhas :) Hoje, por acaso não foi assim tão "meditante". 

Das mil e uma coisas que vi na net, o que mais me interessou e por incrível que pareça, joga com a ilustração deste post, foi um video da história das máquinas fotográficas em 8 bit, que podem ver aqui

With Love. TeaDrinker!




Tea's Playlist




Lykke Li - wounded Rhymes - Ela autodenomina-se "Emo", entre risadas em alguma entrevista. A obscuridade que reina na Suécia durante seis meses por ano, forçou-a a ter um carácter não isento de certa intensidade.
Wounded Rhymes é o segundo álbum da sueca e veio a confirmar o que o youth novels trouxe, seu álbum debut, que se tornou num auténtico fenómeno na internet. Lembro-me que ainda vivia em Lisboa e num dos jantares com a minha amiga C, ela falou-me da Lykke Li. Disse-me que era o fenómeno da rádio, onde a C trabalhava.
Fiquei curiosa primeiro pelo nome, visualisava alguma coisa que no fundo correspondeu com aquela expectativa e fiquei agarrada ao dance dance dance.

Uma voz infantil num conto infeliz

É assim que vejo a voz da Lykke. A sua voz tem um tom infantil e muito fresco. É aí onde reside o contraste entre a cantora e compositora, em parceria com Peter Bjorn (do hit de verão young folks, que vou mencionar mais tarde), que criam um ambiente denso, como se se tratasse de um antro de fumo. Mas o aroma que se desprende é frio, recorda os momentos menos felizes e, longe de ser desagradável pois muito lentamente pega um humor muito específico. Fiquei In love por este álbum.



Iyoeka - say yes - descobri muito recentemente este álbum. Há coisa de três semanas, sentada em frente ao computador no meu ex escritório, onde esperava por um trabalho para finalizar a revista, eis que me vejo a clickar no meu vício, itunes store e escrevo o nome da Lizz Wright e vejo nos also listener este nome. Faço um preview das músicas com mais popularidade e sei que fiquei in love pela simply falling. Não demorou muito para abrir um separador do google chrome, e por-me a baixar o álbum, que o encontrei no deposit files.  Rapidamente passo para o meu ipad e no dia em que fui andar de skate com o R e o B, prestei-lhe aquela atenção. Afinal o say yes já é o seu segundo álbum. Apaixonei-me de tal forma que o inseri na playlist da revista :) um pouco mais de pesquisas sobre ela, soube que é chamada de "A contadora de histórias" e a "poeta musical" pelas críticas internacionais.


Little dragon - Já não me lembro como os descobri. Sei que ainda vivia em Lisboa, mas não me lembro do momento certo, mas a verdade é que para os descobrir, é porque procurava algo muito específico. O que me captou a atenção foi um dos 5 videoclips que vi no youtube, a vocalista ter um pé na Ásia. Mais tarde soube que o nome dela era Yukimi Nagano... vi uma foto na Frankie Mag., com uma produção muito vintage  e essas coisas tem um tal efeito em mim, que foi como que um "afirmar" daquilo que eu já gostava.
Sobre a banda, é uma banda sueca, formada por quatro elementos, que fazem música electrónica, alternando entre o uptempo e o downtempo, com influências do trip-hop e R&B contemporâneo.  Neste álbum, o forever é sem dúvida alguma, para mim, o melhor tema.

Toro Y Moi - Underneath the pine - Descobri-o numa das minhas poucas passagens pelo my name is indie. Foi o Talamak que me inspirou. Estava numa fase em que ia quase todos os dias ao vimeo ver videos alternativos e o talamak  foi aquele vídeo que me inspirou fazer um video, o Nature. Underneath the pine é um álbum incomum, com pitadas de chillWave, DreamPop, Folk, Synthpop, pscicadelico e o tal Funk dos anos 80. Ritmos que estão em constante mudança, assim como o Talamak é, parece um disco riscado. Canções perfeitamente escritas e algumas delas nos levam até California, dos anos 70 e 80, assim é o still sound. 




08/09/12

Je blog donc je suis



Hoje, é oficialmente o primeiro dia de "férias". Sim férias... como não fui demitida, demiti-me! são férias, programadas há mais de dois meses. 
Acordei, vesti-me e fui a pastelaria comprar pão fresquinho para o petit déjeuner de sábado, com scrumbled eggs
No entanto, encontrei alguns blogs e percebi que existe muito mais pessoas em Angola a utilizarem o blog como ferramenta de escape ou desabafo sobre os sentimentos. 
Algumas vezes escrevo sobre os meus sentimentos, sobre os meus sonhos, este último, de uma forma um pouco mais reduzida e principalmente sobre as experiências que vivi. 
Escrever sobre sentimentos é um pouco mais difícil para mim, especialmente porque nem eu própria consigo descodificar o que há cá dentro. Mas apercebi-me que as pessoas escrevem muito sobre "AMOR". Infelizmente não acredito no amor com o A maiúsculo, muito menos nos amores de cinema e das músicas pop. Não acredito no amor idiota, que é do tipo destrutivo, vivido por pessoas que pensam ou sentem muito e que todas as suas relações são intensas, sufocantes e inebriantes. Também não acredito no amor inocente, aquele de muitas adolescentes, em que esperam pelo príncipe encantado, e quando encontram alguém que, corresponde fisicamente com o que sonharam, já o amam. 
Sem dúvida alguma que o "Amor inocente" é um conceito poderoso - o mesmo conceito que  nos convence de que, quando menos esperamos vamos conhecer o homem da nossa vida. Mesmo que, pessoas como eu, não acreditem em almas gémeas acham que, um belo dia, encontrarão  alguém que vão amar para sempre. Então o que é o amor eterno? 
Os meus avós casaram-se e morreram sem nunca terem se separado. Acredito que no meio daqueles 55 anos de casados tenham tido fases menos boas na vida conjugal. Será que em algum momento deixaram de se amar? o que é o amor, afinal?! 
Li algures na Vanity Fair, enquanto bebia um copo de sumo na casa do meu amigo R, qualquer coisa como "Não se pode esperar que o amor cresça e se desenvolva sem ser alimentado." e concluo que o tal sentimento AMOR é algo como uma planta que deve ser regada todos os dias. 
Segundo os filmes, o amor é um estado de paixão constante, baseado numa ligação poderosa entre pessoas totalmente compatíveis e numa louca vida sexual.
E voltando a relação dos meus avós, lembrei-me de uma história que o meu avó me contou há uns anos em relação ao início da relação deles. "A tua avó nunca foi uma mulher linda de morrer, mas havia algo na áurea dela que me encantou" foram mais ou menos estas as palavras dele, que me faz concluir que houve de facto uma paixão inicial, um sentimento suficientemente forte que os fez juntarem-se e partilharem toda uma vida. Mas e depois desse "fogo inicial"? houve claramente uma substituição de um outro sentimento qualquer. A questão é, o que é esse tal outro sentimento qualquer? Será suficiente? 
Familiaridade, satisfação e segurança... tudo muito bom! Mas será mais forte do que a paixão intensa e os casos breves? 




05/09/12

Time to say goodbye

E de malas nas mãos... é hora de partir. É o final de mais uma jornada. Hora de enfrentar novos desafios.
Escrevi um post que pretendo publicar mais tarde, mas este serve de cheirinho para o que se está a passar. A verdade é que, tomei uma decisão difícil mas acertada - demiti-me!
Não sei se daqui para frente terei mais tempo para escrever, para meditar, para repensar e para traçar um novo caminho. A verdade é que quando me mudei para Luanda, não tinha quase nada traçado, fui peneirando o mercado de trabalho e consegui uma posição que não é má de todo, mas é um nicho de cobras.
Um mundo na qual não pretendo fazer parte, que repugno e entusiasmei-me demais. Foi tão grande o meu entusiasmo que ao fim de 15 edições percebi que nada mudaria.
Ao fim de muitos desaforos levados para casa percebi que comecei a perder a minha dignidade, e deixei levar pelo conforto de ter X no final do mês, mesmo que não seja muito, dava para programar algumas coisas, dava para levar uma vida.
Ao fim de dois meses de cansaço, de ter uma vida social activa mas não salutar, percebi que preferia ficar no escritório e a fim de 2 meses e meio de escritório percebi que nada mudaria porque estando dentro parece que os gatos me punham a ratoeira. Por mais que tentasse fugir, mordia sempre o queijo.
Agora é o início de uma nova jornada. Estou entusiasmada e ao mesmo tempo assustada. Tenho um feeling que tudo irá correr bem, mas nada melhor que tentar. Estou na idade de tentar e felizmente não tenho responsabilidades que me proíbam ou me inibam de voltar atrás com a decisão que tomei.
Sabem aquela sensação de alívio? Eu tenho. Mas é controverso pois deixo uma boa equipa, deixo os meus companheiros porque afinal, todos os dias juntos, a partilharmos alegrias e dissabores, acabam por ser família.
Não os gatos, mas aqueles que como eu, são telecomandados. Aqueles que, como eu, são empregados.
Vou mas acredito que tenha deixado a minha marca aqui, o meu sorriso e a minha boa disposição diária, que certamente contagiou pessoas.
Vou e deixo grandes companheiros que sempre se disponibilizaram para apoiar-me no ombro amigo... com aquela nostalgia mas na verdade, a vida não acaba. É só mais um emprego.
Desejem-me sorte nesta nova jornada. É disso que vou precisar! 

Nail Art sponge



Vernizes da Bourjois, recomendo!!!