Que não ando uma leitora assídua dos livros, é verdade. Já li alguns, mas não o suficiente para dizer que são muitos. Gosto muito de revistas e das edições da
Taschen. Sou uma fã de biografias, quer sejam autorizadas ou autobiografias. A verdade é que ultimamente tenho tido os livros, como dizia
Rosseau "
Ensinam apenas a falar daquilo que não se sabe".
A última leitura que fiz, de um livro, foi há quase 6 meses. Entretanto, tenho feito passagens por livros aqui, outros acolá, outros ainda, vou ler a sinopse na internet. Estou mais pra leitura de colunas, crónicas de revistas cor-de-rosa e na pesquisa sobre este ou aquele assunto no que chamo do livro mais famoso do mundo, o
Wikipédia... a enciclopédia de todos. Por acaso, ontem na casa da R, peguei num livro sobre os desaparecimentos do mundo, uma selecção de acontecimentos misteriosos do mundo, da famosa "
Selecção Reader's Digest". Como é obvio, aprendi um pouco mais sobre a menina que se dizia ser a a única sobrevivente dos últimos Czar, a Anastácia.
Sem dúvida que os livros transportam-nos para uma dimensão completamente diferente da que estamos. Falo por mim. Gosto de livros de histórias, mas já vi que as verídicas são o meu forte. Já fui outrora fã da Isabel Allende, mas a ficção começou a deixar-me com náuseas. Os do Sidney Sheldon, eram aqueles que me impediam de dormir à noite, os do Dan Brown, nem vale a pena falar. Lembro-me que eram os meus escritores favoritos.
Depois de "A Lua de Joana" oferecido pelo meu tio R, e o "Cemitério dos pianos" comecei a gostar um pouco mais da "veracidade" do mundo actual. Lembro-me de ter começado a ler, no café da Bulhosa, na altura que eu chamo
La vie en Rose (Altura em que vivia em Portugal)* a biografia de Kerouac, por Yves Buin. Comecei a ficar encantada. Não tinha dinheiro para comprar todos os livros que queria, tinha que optar pelas edições Taschen ou as biografias e não é difícil saber qual a minha opção, certo?
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Rating 4 estrelas porquê? Porque 5 estrelas só mesmo a série |
Vale mesmo a pena explicar porquê que tinha que ler este livro? Precisava de me refugiar da trágica cidade de Luanda e esta foi uma aquisição pós
La vie en Rose, ou seja, aqui mesmo deste lado do hemisfério.
O verão e a cidade é muito mais do que Carrie, é Nova York. É a paixão pela aquela cidade que, aparentemente não é só do Woody Allen, mas da Candance também. Neste livro, Candance retrata aquela Carrie que eu não conhecia: a Carrie e o seu lado provinciano. Desta vez, este livro é um flashback da série, dos diários de Carrie e dos dois filmes. Revela a Carrie no período da adolescencia.
O livro da ignorância geral foi um livro recomendado pela minha amiga Jacy, quando, numa das suas passagens rápidas a Lisabonne, estávamos sentadas no
Cup&cino à noite e pusemo-nos a falar de coisas engraçadas. Ela disse-me que eu iria amar este livro porque é tudo aquilo que achávamos que sabiamos... que no fundo, a ignorância é geral. São uma série de verdades com provas científicas, daquilo que estávamos acostumadas a ouvir. Não é um livro para se ler de uma vez só. É como um enciclopédia... vai se lendo. Eu não acabei de o ler, e emprestei ao Lua. Recomendo e já sei que afinal existe no mercado a sequela do livro.
Outra aquisição pós
Vie en Rose, mesmo aqui da RMS, que me custou, 50 dólares (só em Angola para haver um livro desta natureza, a esse valor). Ofereci-me depois de ter recebido um envelope, não muito recheado no natal passado. Valeu-me este livro e dois jantares, mais uns créditozitos no telemóvel. A Odisséia de Homer, primeiro chamou-me a atenção pelo gato preto na capa que me parecia o MEU CHANEL, segundo pelo cor-de-rosa. Naquela altura, de muitos mussulos à mistura, precisava de uma leitura calma, rosa, serena e fácil. Nem mais! Foi mesmo este livro, uma história de um gatinho cego que desenvolve capacidades motoras bem diferentes dos outros gatos e uma dona que no princípio não o queria, mas logo percebeu que seria a última salvação do gatito. O nome do protagonista? Homer. Então toda a história gira em torno do mundo que criaram para Homer, assim como da análise do seu próprio mundo. O reconhecer de sons e cheiros à luta pela sobrevivência. É um ensinamento de vida, numa escrita tão transparente, que Gwen Cooper brinda os seus leitores. Sem contar que foi um Best-Seller do New Yorker .
With Love. TeaDrinker!