Anteontem estive a pensar que eu raramente saio da esfera a que pertenço. Muitas vezes por curiosidade, aventura e especialmente por querer retratar/filmar várias situações que parecem tão longínquas do meu mundo, me fazem querer sair um pouco da bolha em que vivo.
Não tenho muitos amigos, mas conheço muita gente. Não partilho o meu quotidiano com pessoas tão diferentes sempre, salvo sejam casos de trabalho, mas analisei minuciosamente que as pessoas que tenho mais próximas do meu mundo, digo amigos, partilhamos quase sempre o mesmo ponto de vista sobre a maioria das coisas. Lemos o mesmo jornal, ouvimos as mesmas músicas e inclusive frequentamos os mesmos sítios.... resumindo, eu pinto o meu mundo com as cores que quero, escolho-as a dedo, passo um pente fino, dou umas pincelas Voilá! tenho a minha tela.
Mas será que até a que ponto isso me faz bem?
Acredito que, às vezes, porém, é necessário sair desse mundo pintado por nós... Falo por mim própria porque quanto mais eu saio, mais percebo que tenho um sem fim de palettes cores para pintar o meu mundo, só que na verdade às vezes sinto-me confortável com tal qual ele está.
Tenho pena de só dar um olhada ao meu redor quando algo acontece. Tenho pena de saber que outros mundos não têm a quantidade de cores que o meu tem. Gostava de poder dar mais do que recebo! Partilhar, abrir-me e deixar vir...
De hoje em diante, prometo deixar os meus pincéis à porta para que cada um rabisque a minha tela, faça um desenho, deixe o seu traço, para que a minha vida sejam porções de felicidade de cada um.
Anseio poder ver a panorâmica da pintura e deslumbrar-me com a beleza das diferenças.
With Love. TeaDrinker!!!
Grande desafio esses de deixar os pincéis à porta... Acredito que devamos todos fazê-lo. Obrigada pela bela imagem.
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