15/10/12

Um mundo repleto de defeitos


Que os meus dias têm sido para lá de calmos, isso sim, têm sido. Não no sentido de interacção com as pessoas, muito pelo contrário, tenho sido bastante sociável, mas é verdade que os meus horários pouco coincidem com os horários laborais normais pelo que o stress, palavra outrora constante no meu quotidiano, tem estado cada vez mais longe de mim. Causa? O desporto!
O desporto faz-me abrir os olhos para o que me rodeia, faz-me sentir mais calma comigo própria e mais paciente com os outros. O desporto tem me ajudado a ser mais tolerante em determinadas situações e mais determinada.
O desporto, não só faz bem ao corpo como faz um bem incomensurável a alma.
E por causa do desporto que passei a observar determinadas situações de forma diferente e a ver as pessoas de um modo que jamais olharia... e mais, faz-me tolerar a diferença entre os seres humanos e a beleza que é sermos todos diferentes.
Os defeitos de uma pessoa, não são por acaso. Apercebi-me que quanto mais tentámos superar os nossos defeitos, mais ofuscamos determinadas qualidades.
Uma rosa não perde a sua beleza por ter vários espinhos... a imperfeição é sem dúvida a beleza de todos os seres.

With love. TeaDrinker!

10/10/12

About schmidt or... me?

Anteontem estive a pensar que eu raramente saio da esfera a que pertenço. Muitas vezes por curiosidade, aventura e especialmente por querer retratar/filmar várias situações que parecem tão longínquas do meu mundo, me fazem querer sair um pouco da bolha em que vivo. 
Não tenho muitos amigos, mas conheço muita gente. Não partilho o meu quotidiano com pessoas tão diferentes sempre, salvo sejam casos de trabalho, mas analisei minuciosamente que as pessoas que tenho mais próximas do meu mundo, digo amigos, partilhamos quase sempre o mesmo ponto de vista sobre a maioria das coisas. Lemos o mesmo jornal, ouvimos as mesmas músicas e inclusive frequentamos os mesmos sítios.... resumindo, eu pinto o meu mundo com as cores que quero, escolho-as a dedo, passo um pente fino, dou umas pincelas Voilá! tenho a minha tela. 
Mas será que até a que ponto isso me faz bem? 
Acredito que, às vezes, porém, é necessário sair desse mundo pintado por nós... Falo por mim própria porque quanto mais eu saio, mais percebo que tenho um sem fim de palettes cores para pintar o meu mundo, só que na verdade às vezes sinto-me confortável com tal qual ele está. 
Tenho pena de só dar um olhada ao meu redor quando algo acontece. Tenho pena de saber que outros mundos não têm a quantidade de cores que o meu tem. Gostava de poder dar mais do que recebo! Partilhar, abrir-me e deixar vir...
De hoje em diante, prometo deixar os meus pincéis à porta para que cada um rabisque a minha tela, faça um desenho, deixe o seu traço, para que a minha vida sejam porções de felicidade de cada um. 
Anseio poder ver a panorâmica da pintura e deslumbrar-me com a beleza das diferenças. 

With Love. TeaDrinker!!!

Keep calm and Drive well :)


A minha ausência deve-se a alguns factores, sendo um dos principais a exaustão quando chego a casa no final de um dia de loucura total pela caótica cidade de Luanda.
Infelizmente, essa ultima semana, o meu destino é sempre a baixa de Luanda que está caótica e o meu lindo e querido governo ainda me brinda com constantes faltas de luz eléctrica e água.
Antes de sair de casa tento preparar-me psicologicamente para um dia de condução e por mais que tente abster-me da forma como se conduz na cidade, a verdade é que facilmente me irrito mal vire a primeira esquina de casa.
Então euzinha na quarta-feira dirijo-me para a baixa e entre embraiagem e travão fiz um percurso que me durou 1 hora e meia, quando sem trânsito faço em 10 minutos. Para a minha felicidade encontrei um lugar super para parar e vem-me um besta e pára o carro no meu lugar. Eu estava com o pisca ligado e certamente com a luz da marcha ré e o bestalhão bota a pôr o carrão dele no MEU lugar.
Buzinei, fiquei furiosa e o rapaz, por sinal  muito bem apessoado e apresentado impecavelmente com o seu Evoque faz-me o típico sinal com o dedo do "meio".
Sim, fiquei mega mal disposta principalmente porque dei a volta ao quarteirão duas vezes e entre este tempo ainda consegui ouvir e ripostar com mais dois carros que se impunham a cada vez que desse prioridade a quem realmente a tinha. Agora me pergunto, onde andam os nossos princípios? Onde anda a nossa educação? Há muito que se lhe diga da condução das pessoas. Assim como médicos conseguem descrever a personalidade das pessoas pela caligrafia, aposto que a forma como conduzimos numa cidade como Luanda revela o pior do nosso lado. Não é difícil porque com o desespero e o Caos, tendemos a ser desumanos. Não me espanta que haja um indíce tão elevado de criminalidade nos dias de hoje.